segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Sentada aqui, nesse caminho deserto,
Os ventos uivam em meus ouvidos.
O friu já toca minha pele,e com ele,
lembranças de passados sentimentos,
os quais, poucos foram reais.
E recordo, em minha vulnerável memória
ás vidas que já se foram, e que com elas
foram ficando para trás nosso tempo sem valor.
O que apenas restou foi este caminho deserto,
antes tão percorrido.
Restou, também, o vazio de almas que se foram,
se foram, mas ainda as sinto aqui, tão presentes
quanto sua auxência inesperada.
Hoje o tempo escorre em nossos dedos
nos dizendo para seguir em frente,
mas não o seguimos, talvez por medo,
mas nós desistimos, por ser muito para nós.

Sentada aqui, nesse caminho deserto,
já neva, e este vento me deixa
cada vez com menas força,
O vento contradiz até os pássaros
que cantam tristemente, e tentam descarçar
com seus olhares puros, sua fraqueza,
a qual comparo com a minha.

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